Creatus est homo ad hunc finem,
ut Dominum Deum suum laudet,
revereatur, eique serviens tandem salvus fiat.

(O homem foi criado para este fim:
louvar, reverenciar, servir ao Senhor seu Deus,
e assim salvar a sua alma. Exercícios, Sto. Inácio, vol.I)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Com grande alegria


É com grande alegria que a Santa Igreja acolhe o decreto em que se levanta a excomunhão aos Bispos da Fraternidade de São Pio X. Assim, mais unidos a Pedro, todos os fiéis e clérigos afectos à Fraternidade, podem exercer o seu pleno "sacerdócio" na Igreja, defendendo a Verdade.

O levantamento da excomunhão é, juntamente com a Summorum Pontificum, mais um sinal de mudança da Igreja que regressa lentamente à sua origem, mas são também os primeiros passos de um longo caminhar em direcção não propriamente ao passado mas a uma Igreja que se quer Santa, Irrepreensível e Fiel, hoje e sempre como o foi no passado.

No entanto, é necessário estarmos «sóbrios (...) e vigilantes: [porque o nosso] (...) inimigo, o demónio, anda à (...) [nossa] volta, como leão que ruge procurando a quem devorar». (1Ped.5,8-9 - Adaptado). Ele procura a destruição da Santa Igreja que nasceu no Lado de Cristo. Mas Deus não o permitirá.

Continuemos em fervorosa oração porque Cristo é a nossa única esperança.

domingo, 18 de janeiro de 2009

sábado, 17 de janeiro de 2009

A Religião Cristã - II (continuação)


Ao início, o epíteto de “Cristãos” não tinha qualquer sentido pejorativo mas, com o passar do tempo, tornou-se um termo vil e injurioso. São Pedro, na sua primeira epístola dá-nos conta disso e faz uma exortação aos fiéis para que não se entristeçam com os insultos dizendo: “Mas, se sofre por ser cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus por ter este nome”. (I Ped. 4,16).
Para se pertencer a esta Igreja é necessário ser baptizado. «O sagrado Baptismo, porta da religião christã e da vida eterna, primeiro entre o mais sacramentos instituídos por nosso Senhor Jesus Christo, é necessário a todos, para a salvação, como affirma a mesma verdade por palavras do Evangelho de S. João, III, 5: «Aquele que não renascer pela agua e pelo Espírito Santo, não póde entrar no reino de Deus». (…) A forma do Baptismo, expressa n’estas palavras: Ego te bpatizo in nomine Pater, et Filii, et Spiritus Sancti, é inteiramente necessária; pelo que não pode mudar-se, nem alterar-se (…) (in Ritual Breve para uso dos Parochos e Clero, 1877) como determina O próprio Deus: «Ide pois… baptizando-os em nome do Pai, do Filho e dp Espírito Santo". (Mt.28, 19).
Na Religião Cristã, assim como nas outras, há sinais que a identificam e a distinguem das outras sendo os principais o Sinal da Cruz e o Símbolo dos Apóstolos. O Sinal da Cruz é uma grande profissão de fé, vale mais que mil palavras; é a forma mais expressiva que temos para mostrar que somos Cristãos. E porquê o sinal da Cruz? Em primeiro lugar porque foi na Cruz que Nosso Senhor nos salvou, depois porque é a melhor forma de O louvar e honrar. Quem faz este sinal não esconde a sua fé. Para nós, este sinal demonstra a grandeza de Nosso Senhor Jesus, serve-nos de escudo protector e de nossa fortaleza. Na grande guerra que travamos diariamente com as forças do mal somos soldados, a Cruz é a grande bandeira que identifica a quem pertencemos. O diabo odeia-a e foge dela porque por ela veio a sua perdição e a nossa salvação. Por estas razões é que a Cruz é tão importante na nossa religião. Ela está em todo lado: nas ambulâncias, nos hospitais, nos símbolos do nosso exército, na nossa Bandeira, nas igrejas, nos cemitérios, em nossas casa, nas praças e vias públicas, nas vestes do sacerdote. Os sacerdotes fazem-na quando abençoam, sobre a patena e sobre o cálice. Ele queima incenso na frente da Cruz do Altar e saúda-a inclinando-se.
O Sinal da Cruz faz-se do seguinte modo: leva-se a mão direita à testa ao peito (em linha recta) e do ombro esquerdo ao direito representando a haste vertical e horizontal da Cruz, pronunciando-se ao mesmo tempo: «In Nomine Patris et Fílli et Spíritus Sancti. Ámen» que quer dizer «Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ámen». Este sinal é também uma evocação da Santíssima Trindade, da encarnação e da redenção.
Existe ainda um outro sinal que consiste em fazer uma cruzinha pequena na testa, na boca e no peito. Na testa diz-se «Per signum Crucis», na boca: «de inimicus nostris» e no peito «libera nos, Deus noster», rematando com «In Nomine Patris et Fílii et Spíritus Sancti. Ámen». A Cruz na testa significa que não nos acobardamos em sermos crisãos, na boca, que estamos resolvidos a fazer sempre a nossa profissão de fé publicamente, a do peito a negação de tudo o que é mal, isto é, de que preferimos morrer do que abjurar. Os sacerdotes e os Bispos dão a bênção “desenhando” a Cruz no ar.
Pensa-se que nos primeiros tempos do cristianismo se fazia o sinal da Cruz somente na testa. É disso que nos diz Tertuliano: «No princípio de todos os nossos actos, ou tomando as roupas, ou indo ao banho, à mesa, ao leito, formamos, na nossa fronte, a Cruz». No entanto sabe-se que nos fins do século VIII já se usava o Sinal da Cruz tal e qual hoje a usamos.
Boulenger, no livro supra citado, conta-nos que «os primeiros cristãos, embora venerassem a Cruz, não a representavam nos seus monumentos, por causa da repulsa que este instrumento de suplício inspirava. A Cruz foi simbolizada pelo monograma de Cristo constando das letras gregas X e P. Sabe-se que monograma é um carácter tipográfico formado pelas principais letras de um nome. Somente no séc. V, quando firmado o triunfo do cristianismo sobre o paganismo, pôde a Cruz, com a imagem de Nosso Senhor, isto é, o Crucifixo, aparecer. Temos dessa época dois monumentos. Um deles é o entalhe de madeira nas portas de Santa Sabina, em Roma. O outro é um Cristo de marfim, conservado no British Museum, em Londres. Cristo está representado vivo, de olhos abertos, e como que no triunfo. Já no século XII, a expressão é outra. Cruzam as pernas, usando três cravos em vez de quatro, e dão ao rosto feições contraídas pela dor». (cf.12)
O Símbolo dos Apóstolos insere-nos na doutrina. A doutrina foi transmitida por Nosso Senhor Jesus aos seus Apóstolos e estes aos seus sucessores, os Bispos, e é a Suma Verdade porque foi transmitida directamente pelo Filho de Deus. O Papa, como chefe da Igreja e os Bispos, Presbíteros, Diáconos e restante clero, unidos em obediência ao Sumo Pontífice, têm como obrigação instruir todo o Povo de Deus nesta Verdade. Por usa vez, todo o cristão, seja ele quem for, tem a obrigação de conhecer a sua fé para não se deixar enganar pelo demónio. Essas verdades estão resumidas no Catecismo.

Ora o catecismo explica isso tudo dividindo-se em quatro partes:

a)O Dogma – conjunto de verdades fundamentais da fé que é obrigatório acreditar;

b)A Moral e os deveres que é preciso obedecer;

c)Os Meios de Santificação como os Sacramentos, a Oração e a Graça;

d)O Culto ou a Liturgia, ou seja, o render a Deus louvor e tributo a Deus Altíssimo.

É sobre isso que vos irei falar brevemente. Por agora ficai, meus irmãos, com estas palavras. Não sei se o que aqui disse está ou não totalmente certo. Se estiver alguma coisa errada não deixeis de me corrigir porque não quero enganar-vos.
Obrigado pela vossa visita.

Luís Manuel

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O ecumenismo é um erro



Meus irmãos, o ecumenismo é um movimento inter-confessional que tem como objectivo unir todas as igrejas ditas “cristãs” e convergir em termos de doutrina e mensagem evangélica. Este movimento surgiu no início do século XX em meio protestante reagrupando muitas igrejas protestantes como a igreja anglicana e ortodoxa. A Igreja Católica decidiu juntar-se em 1958. Mais tarde o ecumenismo alargou-se a todas as religiões que quisessem participar.

Ora para haver convergência doutrinal é necessário uma convergência dogmática e todas as partes têm de chegar a um entendimento, por vezes abdicando dos seus dogmas. Isso leva a declarações ambíguas e relativistas. Por isso, este movimento é um tremendo erro teológico, a única Igreja de Cristo, que é a Santa e Católica, não se pode sujeitar àqueles que por si se auto-excluíram do rebanho de Cristo, o bom Pastor ou que não acreditam em Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, o Santo Padre Bonifácio VIII escreveu a bula “Unam Sactam” no qual disse “que é absolutamente necessário à salvação de toda criatura humana estar sujeita ao romano pontífice” e “fora (..) [da Igreja] não há salvação, nem remissão dos pecados” (ibidem).

Declarações como a de alguns bispos, que se queixam das outras religiões por não dialogarem por consideram serem detentoras da verdade (como o afirmou recentemente o Cardeal D. José da Cruz Policarpo em relação ao islão), parecem completamente insas por parecerer que estão dizer que a Igreja Católica não professa a Verdade, ora tal insinuação é herética e apóstata.

Deve haver diálogo com as outras religiões mas só se esse diálogo for sobre os direitos do Homem como a liberdade religiosa, liberdade de expressão e outros direitos como a igualdade entre as diferentes religiões nos diferentes estados. Tudo o que tem a haver com questões dogmáticas não pode ser discutido porque, a Igreja cristã é a Igreja Católica, a única que se mantém verdadeiramente fiel a Cristo o Bom Pastor.

No próximo dia 18 de Janeiro começa a “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”. Que tenhamos sim esta intenção mas sempre conscientes de que não fomos nós, os católicos, que abandonámos o rebanho mas os outros. Peçamos a unidade pela conversão dos hereges e peçamos, antes de tudo, união para a nossa própria Igreja divida entre tradicionalistas e modernistas – progressistas. E que nós, tradicionalistas, nos unamos mais para termos uma voz mais forte para denunciar os erros.

Façamos da oração uma arma poderosa juntamente com o sacrifício e penitência porque foi isso que a Virgem Santíssima veio pedir a Fátima.

A Religião Cristã



Caros irmãos e irmãs: muitas vezes ouvimos falar em religião e nas diferentes religiões. Pedi a um jovem catequista que me falasse da religião cristã, mas pouco ou nada ele soube dizer sobre a mesma. Isso quer dizer que alguma coisa na catequese está a falhar, principalmente quando se trata de catequistas que não sabem explicar nada ou quase nada acerca da sua religião.

Boulenger, no seu livro Doutrina Católica, manual de instrução religiosa (livro que já não se encontra em lado nenhum) dizia que se «impõe a nós o estudo da religião, como dever precípuo, obrigação primordial da nossa existência». (cf.9)

Espalhadas pelo mundo, existem centenas de milhares de religiões como o budismo, o judaísmo, islamismo, religiões naturais ou até a própria religião do ateísmo. Mas como devemos escolher uma religião ou saber qual delas é verdadeira? Todas as religiões encerram em si algo de verdade mas, à excepção do cristianismo, nenhuma professa a Verdade. Única e verdadeira religião é somente aquela que provém de Deus e a essa chamamos a religião cristã porque foi fundada directamente por Nosso Senhor Jesus Cristo (de quem herdou o nome), que juntamente com o Pai e com o Espírito Santo é Deus. Essa religião é professada por uma Sociedade de Pessoas a quem chamamos Igreja Católica Apostólica Romana que é zelada pelo Papa, sumo pontífice, unido a Deus de quem é vigário, e unidos ao Papa todo clero. Só ela diz a verdade e fora dela não há salvação.

O termo “religião” tem origem latina. Segundo alguns autores, ela vem do verbo latino relegere (relego, relegis, relegere, relegi, relectum) que significa recolher, tomar. Quer isso dizer que o homem religioso é todo aquele que toma um zelo e um respeito profundo pelas coisas de Deus. Outros, como Santo Agostinho ou São Jerónimo, determinam que ela deriva do latim religare (religo, religas, religare, religavi, religatum) que significa ligar, porque a religião tem como base a união ou os laços com Deus. Para mim, a palavra religião foi decalcada do termo latino religio -onis que significa, entre outras coisas, escrúpulo, consciência, honra e lealdade. Não nos importa saber a origem da palavra (ou se quisermos a etimologia) mas é curioso os inúmeros conceitos que lhe são atribuídos ou associados:

a) Doutrina – professar uma religião no caso a cristã é aceitar a doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo, é acreditar na verdade que nos revelou e observar os Seus mandamentos;

b) Igreja – aquele que pertence à religião cristã pertence à Igreja Católica Apostólica Roma, isto é, «à Sociedade fundada por Jesus Cristo, cujos fiéis têm todos a mesma crença o mesmo culto e o mesmo chefe». (cf. Doutrina Católica, Boulonger)

c) Piedade – pessoa muito religiosa, ou seja, que tem muita fé, piedade e devoção.

d) Ordens (monástica ou não) – fazer parte de uma religião é abraçar um estilo de vida como, por exemplo, aderir à vida cenobítica em algum mosteiro como o de Singerverga dos Beneditinos, aos Carmelitas, aos Franciscanos, aos Cartuxos ou aos monges de Sister.

À palavra religião acrescentou-se a palavra cristã. O adjectivo cristão veio do acusativo Christam de Christus, -a, -um que significa ungido, coisa referente a Cristo ou seu seguidor. Este termo deriva de Christus, -i que significa Cristo, salvador, cuja origem é grega (Christós). Antigamente dizia-se em português creschão ou chrischão. Também os nomes próprios como Cristiana, Cristiano e Cristino derivam de Christus.

É costume chamar a religião pelo nome do seu fundador, assim, o maometismo é a religião fundada por Maomet, o Luteranismo por Lutero, o Budismo por Buda e o Cristianismo por Jesus Cristo. Assim os cristãos são os que seguem a religião fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor.

Todos aqueles que seguiam Nosso Senhor, receberam d’Ele os ensinamentos. Eles eram, de facto, cristãos mas não se tratavam como tal. Estes chamavam-se, entre si, escolhidos, santos, amados ou eleitos: “Quem irá acusar os eleitos de Deus”? (cf. Rm.8,33), “Como eleitos de Deus, santos e amados, revesti-vos, pois, de sentimentos de misericórdia, de bondade (…)” (cf.Col.3,12); de discípulos: “Chegado a Jerusalém, Saulo procurava reunir-se com os discípulos” (cf. Act.9,16; 11,29); irmãos (Act.2, 29, 37; 3, 17; 6,3; 7,2); crentes (Act. 5,14), por exemplo. Os judeus travam-nos por nazarenos, que era um nome pejorativo na altura, mas nunca se lembraram de lhes chamar cristãos, o que seria uma aceitação visto que eles ainda esperavam a vinda do Messias. Foi só por volta dos anos 43 a 45, em Antioquia, que se começou a usar este nome, tempo em que Paulo e Barnabé evangelizavam esta zona da Grécia. Segundo os historiadores, o nome de cristão surgiu entre os gentios e foi colocado aos seguidores de Nosso Senhor. (Act.11,26). Foi também aqui que surgiu o nome Igreja aplicado aos Cristãos.

Ao início, o epíteto de “Cristãos” não tinha qualquer sentido pejorativo mas, com o passar do tempo, tornou-se um termo vil e injurioso. São Pedro, na sua primeira epístola dá-nos conta disso e faz uma exortação aos fiéis para que não se entristeçam com os insultos dizendo: “Mas, se sofre por ser cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus por ter este nome”. (I Ped. 4,16).

(continuação).

Santa Sé - Penitênciária Apostólica apela à conversão e à confissão...



A Santa Sé lamenta que cada vez menos católicos vão à confissão, sacramento em que os crentes podem receber o perdão se revelarem com sinceridade os seus pecados a um padre.

Para contornar esta quebra, o chamado «tribunal de consciência» convidou o público a entrar nos corredores pintados de fresco do seu palácio quinhentista, na capital italiana, para uma conferência de dois dias, que terminou na quarta-feira.

O objectivo era explicar o que a Penitenciária Apostólica faz e, assim, encorajar mais fiéis a confessarem-se.

Um crente que profanou a eucaristia (recebeu a comunhão e cuspiu a hóstia), um padre que quebrou o segredo confessional e o fiel cumpriu a penitência, um sacerdote que teve sexo com alguém e ofereceu o perdão pelo acto e um homem que provocou o aborto e se tornou prelado - são alguns dos pecados que chegaram ao tribunal, que, em regra, decide num prazo de 24 horas ou dois a três dias.

Lusa / SOL

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009